Movimento Sindical Rural prepara a Marcha das Margaridas 2011
Nos dias 16 e 17 de Agosto de 2011 as ruas de Brasília serão enfeitadas com a presença de milhares de “Margaridas”. O Ato reafirma a presença das mulheres trabalhadoras rurais na luta por melhores condições de vida e trabalho no campo e contra todas as formas de discriminação e violência contra a mulher.
O grande evento acontece a cada 04 anos, sempre no mês de agosto, por ser o mês em que, há 27 anos, a líder sindical Margarida Alves foi assassinada por defender os direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores rurais. Margarida Maria Alves foi assassinada em 1983, na porta de sua casa, por latifundiários do Grupo Várzea, na cidade de Alagoa Grande, Paraíba. Sindicalista, sempre defendeu os direitos dos/as trabalhadoras/as rurais. Promovia campanhas de conscientização com grande repercussão junto aos trabalhadores/as rurais que, assistidos pelo Sindicato, moviam ações na Justiça do Trabalho, para o cumprimento dos direitos trabalhistas, como carteira de trabalho assinada, 13º salário e férias.
Em 2011 será a 4ª edição dessa importante ação de massa que teve início no ano de 2000. Na ocasião, mobilizou, em Brasília, cerca de 20 mil mulheres de todo o país. Na 2ª edição, em 2003 reuniu 40 mil participantes dos mais diversos lugares do país. A maior mobilização de massas organizada pelas mulheres trabalhadoras rurais no Brasil teve como resultados, além da visibilidade e reconhecimento social, a negociação de programas e políticas públicas voltados para o acesso das mulheres à terra, assistência técnica, crédito, políticas sociais e direitos de cidadania. Em 2007, cerca de 50 mil trabalhadoras rurais participaram da Marcha das Margaridas, em Brasília.
A Marcha das Margaridas afirma a resistência e convicção de que somente organizada é possível manter um diálogo aberto com a sociedade. Ressaltando uma postura de sujeitos ativos pela transformação da sociedade e libertação das mulheres na perspectiva da autonomia econômica, salário digno, fim das diversas formas de exploração da força de trabalho, política, reflexão sobre a construção cultural e inclusão social.
A Marcha das Margaridas afirma a resistência e convicção de que somente organizada é possível manter um diálogo aberto com a sociedade. Ressaltando uma postura de sujeitos ativos pela transformação da sociedade e libertação das mulheres na perspectiva da autonomia econômica, salário digno, fim das diversas formas de exploração da força de trabalho, política, reflexão sobre a construção cultural e inclusão social.
Dessa forma, avaliar e reafirmar a luta das mulheres trabalhadoras rurais pela reforma agrária e o acesso das mulheres a terra; água, soberania e segurança alimentar, pelo fortalecimento da organização produtiva, pelo fim de todas as formas de violência contra as mulheres, preconceitos e discriminações, pela liberdade, pela Paz mundial e desmilitarização, contra a privatização da natureza e dos serviços públicos.
São repertórios que oferecem vozes às “Margaridas” enquanto persistir desigualdades e injustiças no nosso país e tiverem impactos negativos para a vida de milhões de pessoas, sendo que quem mais sofre são as mulheres. Portanto, tem um caráter político específico e de grandeza organizacional que engendra ações rumo ao desenvolvimento rural sustentável e solidário e por uma sociedade justa com eqüidade de gênero, na perspectiva do fortalecimento do campo, do MSTTR e estabelecimento do PADRSS.
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