segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

TRABALHADORES E TRABALHADORAS DE TODO O RIO GRANDE DO NORTE, DA CIDADE E DO CAMPO, VÃO PARAR A CHAPADA DO APODI EM PROTESTO CONTRA AÇÕES DO AGRONEGÓCIO




CONTRA O AGRONEGÓCIO TRABALHADORAS RURAIS
 REALIZARÃO ATO PÚBLICO DIA 10 DE DEZEMBRO EM
 APODI-RN
Um grande ato público está marcado para o dia 10 de dezembro, na chapada do Apodi para denunciar agressões do agronegócio contra trabalhadores e trabalhadoras rurais, e visa sensibilizar a sociedade já que os grandes conglomerados de comunicação fingem que estes problemas não existem.
Na capital do Rio Grande do Norte, o coletivo da UFRN “Até que tudo cesse, nós não cessaremos” organiza uma caravana para somar forças ao ato público do dia 10. O líder estudantil Adler Barros é assertivo: "Os movimentos sociais da cidade estão solidários aos movimentos sociais do campo e não vão abandonar os companheiros nesta luta. A mídia não divulga, não há nenhuma repercussão". Ele ressalta que segundo o projeto os recursos hidricos vão ser divididos em três partes, uma para a agricultura familiar, outra para abastecer os municípios vizinhos, e uma terceira parte para o agronegócio, aumentando a escassez de água em região de clima semi-árido.
O coletivo ambientalista Nivaldo Calixto, do IFRN, está organizando debates sobre o crime lesa humanidade a ser perpetrado. Para Matheus Graça, membro do Coletivo, o projeto é inviável tecnicamente, pois o modelo de irrigação utiliza bombeamento em vez da gravidade, o que encarece o projeto, ele afirma que é um projeto mal estudado e com planejamento não compartilhado com a população. “É uma violação, pois os agricultores que ocupam as terras o fazem com natureza num projeto de reforma agrária, produzem em sistema de agricultura familiar e orgânica. Estão destruindo um modelo de agricultura para todo o Brasil, estão destruindo um símbolo da agricultura social e da reforma agrária".
Segundo o professor universitário e militante social Daniel Valença, O DNOCS é o órgão promotor das obras, e está dirigindo o projeto de maneira altamente equivocada, já que as famílias não foram sequer convocadas para audiência pública. Ele ressalta que é um projeto da época da ditadura militar e que o Deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) parece ser um dos grandes defensores do projeto, já que segundo o deputado, apenas meia dúzias de pessoas se oporiam ao projeto.

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