MANISFESTO POR UMA FETAM DEMOCRÁTICA, PELA BASE DOS TRABALHADORES(as) E TRANSPARENTE
É preciso provocar a rebeldia. A análise ao significado prático dessa rebeldia não é outra coisa, senão, a transformação social através do estabelecimento de uma nova ordem política e de poder. No momento registramos tão simplesmente o rompimento com a inação, na expectativa de que a ação direta começará a construir respostas às dúvidas.
(Prof. Antônio Neves)
Um mundo em crise. O principal inimigo da Classe Trabalhadora, o Capitalismo, em completo estado de putrefação, mas não menos agressivo e violento. As crises cíclicas provocadas pela decadência dos grandes impérios econômicos mundiais escancaram as contradições do status quo de um sistema que até então se denominava como alternativa democrática através de um modelo de desenvolvimento de mão única estruturado sobre as economias de mercado, o Estado mínimo e a exploração da força de trabalho operariada. Da América a Europa, a Classe Trabalhadora tem pagado, mais uma vez, o preço de uma crise econômica neoliberalizante e globalizada que não provocou; a resposta é uma nova rebeldia retornando as ruas dizendo não a este sistema que agoniza renitentemente.
Por todo o mundo, governos ditos democráticos têm imposto aos operários, autoritárias medidas de austeridade e regulamentação econômica na qual o preço a pagar são as demissões e o desemprego em massa, agressões aos direitos e o desmonte total do Estado-Social que ainda resta, provocando levantes populares em toda parte para assegurar direitos antes conquistados com muitas lutas. Todas as determinações políticas, econômicas, sociais, culturais presentes no mundo hoje, regido pelo sistema dominante do capital e do subjugo da força de trabalho assalariada, sofrem influência de mais uma derrocada do capitalismo. Essa influência se baseia nos interesses que estão em jogo, onde o acúmulo da riqueza produzida é o prato principal, o locomotor deste sistema em decomposição. A crise econômica atual é apenas mais uma que demonstra que outro modelo de sociedade e economia é possível.
No Brasil, o governo atual segue a risca a cartilha do neodesenvolvimentismo, onde a Classe Trabalhadora é a última a ser ouvida para opinar sobre a nova ordem econômica aplicada diante um modelo estrutural em crise sistêmica, que a cada dia escancara seus tentáculos de acumulação sobre as riquezas produzidas pela maioria excluída e que sofre cotidianamente a sonegação dos seus direitos.
Neste cenário, o movimento sindical busca se organizar e ampliar seu papel como força articuladora da Classe Trabalhadora em todos os seus aspectos de lutas e ações, ampliando seus espaços de influências e discussões, fortalecendo nossa capacidade de organização e possibilitando uma melhor intervenção nos variados ambientes ainda dominados pela força impositiva do capital, aliançada pela lógica da democracia representativa, ponta de lança desse modelo republicano que serve somente aos donos do poder.Entretanto, para que possamos dar respostas à altura dos interesses da Classe Trabalhadora, é imperativo que o movimento sindical, através de suas lideranças e quadros dirigentes, compreenda as inovações do mundo do trabalho, suas relações com os meios de produção e as renovações tecnológicas constantes, que impõem nova relação entre trabalhadores, governos, patrões e capital, nos permitindo enxergar e combater as velhas praticas de exploração que favorecem a exclusão social e a desigualdade. Uma sociedade socialista é a alternativa ante o caus.
Sob este olhar crítico e desafiador, a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Administração Pública Municipal do Rio Grande do Norte – Fetam/RN reafirma sua essência originária que é o compromisso inconteste com as lutas em pauta na agenda do dia, com “Liberdade e Autonomia Sindical” onde a participação coletiva seja a peça motriz para construir uma nova ordem política voltada para os interesses da maioria, ampliando cada vez mais o poder de decisão coletiva no seu quadro de direção, formando lideranças capazes de intervir com conhecimento e causa em todos os espaços onde nossa força organizada possa se fazer presente, exercitando nosso papel de vanguarda na luta diária por direitos e participação democrática nos fóruns de decisão, sob o anseio permanente por justiça social.
Uma nova Fetam é possível, de forma mais acolhedora e solidária. E preciso ir além das fronteiras do RN, sem perder de vista o foco maior, que é a organização direta do movimento sindical dos servidores públicos nos municípios onde atuamos, ampliando nosso raio de ação de forma que possamos abraçar todas as formas de pensamento e ação concensuadas sob a bandeira classista do movimento operário libertário, de esquerda e socialista, seja no serviço público, seja de forma presente com todos os segmentos sociais que clamam por justiça, pela verdadeira cidadania, com terra, trabalho e pão.
Não demora o tempo que está por vir, onde a Classe Trabalhadora precisará está mais coesa e unificada em torno de um projeto maior, que é o da ruptura com as velhas fórmulas e práticas infecundas e obsoletas que emperram a construção de meios mais eficazes para se superar os grandes desafios que se avizinham, e isso exige um movimento sindical mais organizado, combativo, questionador, reflexivo e atuante por todos os canais de lutas onde possamos fazer valer o poder da nossa participação para influir diretamente na consolidação organizada dos nossos objetivos políticos, econômicos e sociais. Uma Fetam mais democrática é necessária!
A ocupação, pelos trabalhadores(as) da cidade e do campo, do devido espaço político e de poder que almejamos como agentes transformadores dessa ordem vigente, exige ampla compreensão do projeto em disputa, do papel dos seus atores envolvidos e do que está em jogo a partir do que vier a ser alcançado, por isso, a nossa Federação (Fetam/RN), deve está acima dos interesses partidários, pessoais ou eleitoreiros de quem quer que seja, para atender a toda uma demanda de interesses coletivos em que a Classe Trabalhadora do Rio Grande do Norte sinta-se fortemente representada, convencida de que nossa voz pode ir mais longe se estivermos unidos, decididos e encorajados a construí-la com fé, coragem, transparência e determinação.
“Nada temos a temer, a não ser as correntes que nos prendem!
FETAM FORTE, TRABALHADORES(AS) UNIDOS!
fonte blog ANTONIO NEVES
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